As mais poderosas são aquelas capazes de acabar com o mundo - e não são poucas. Os primeiros registros sobre elas apareceram na Europa e no Oriente Médio entre 7000 e 5000 a.C, quando personagens femininas tinham o mesmo peso que masculinas (as mitologias de forma geral, ficaram mais masculinizadas a partir de 1000 a.C) A figura da Mãe Terra por exemplo, estava presente em quase todas as civilizações que dependiam da agricultura, da Ásia à América. É o caso de Gaia, deusa-mãe dos gregos, e de Ísis, criadora da Natureza na mitologia egipicia.
Poucos deuses tinham tantas atribuições. Atena era protetora da sabedoria, guerra, artes, justiça, diplomacia e estratégia. Nascida do cérebro de Zeus, ela participou da Guerra de Troia e da batalha contra os Titãs, além de ter fornecido as armas para Hércules realizar seus 12 trabalhos. A fé em Atena encorajou o povo ateniense nos combates, já que eles acreditavam viver na cidade amada e protegida pela deusa.

A Deusa possui muitas histórias, como a lição que deu em Aracne por ser orgulhosa e querer debochar dos deuses, transformando-a em uma aranha. Atena entrou em várias brigas com o irmão Ares, que também é Deus da Guerra, porém ao contrário dela, Ares é pura destruição e insanidade. Com sua mente estrategista e observadora, Atena sempre controla a destruição. Também já teve problemas com Poseidon. Em certa competição em Atenas, para saber quem seria o padroeiro, Poseidon ofereceu o cavalo e Atena ofereceu o ramo de oliveira. O povo preferiu a oliveira e assim Atena saiu vencedora.
Em outra vez, Atena flagrou Poseidon possuindo uma de suas sacerdotisas em seu templo. Furiosa, transformou a sacerdotisa no que conhecemos como A Medusa.
KALI - Mitologia Hindu
Ela ficou famosa por matar o demônio Raktabija e beber todo o seu sangue, eliminando outros diabos que brotavam dele. Depois, ficou conhecida pelo poder de - apenas isso! - destruir o Universo. Só Shiva, seu marido, conseguia aplacar sua fúria ao deitar aos pés da deusa. Os devotos de Kali acreditam que ela traz uma morte sem dor nem aflição, libertando-os do ciclo de reencarnações.

Ela dança para destruir, e sob seus pés que dançam há o cadáver da destruição.
Por sua natureza, Kali está sempre faminta e nunca é saciada. Ela ri tão alto que todos os três mundos estremecem de terror. Ela dança loucamente, não apenas pisando sobre cadáveres, mas também sobre o cosmos vivo, reduzindo-o à não-existência. Ela espreme, quebra, pisa e queima seus inimigos ou os de seus devotos. Kali não apenas é uma divindade de natureza independente, mas é também indomável, ou melhor, ela domina tudo. Ela foge às convenções e fica mais à vontade quando reside à margem da sociedade. Seu estilo de vida não tem aspectos de nobreza ou do modo de vida da elite.
Além de ser considerada uma Deusa da destruição, a Deusa Kali também é vista fortemente como uma Deusa do renascimento. De alguma forma é ela quem começa o movimento da roda do tempo universal.
Tudo precisa ser destruído para poder recomeçar.
ÍSIS - Mitologia Egipcia
Protetora da natureza e da magia, era a deusa mais importante do Egito. Ísis viveu a tragédia de ver o marido, Osíris, ser esquartejado pelo próprio irmão, Seth. Ela o ressuscitou unido suas partes, mas faltava o pênis, que Seth teria jogado no rio. Para que Osíris voltasse completo e fértil, ela construiu uma réplica de ouro do membro - e ainda fez um filho com o objeto dourado: Hórus, deus dos céus.
Ísis consegue ressuscitar o marido graças aos seus dotes mágicos, habilidades de cura e poder sobre o mundo dos mortos. Por isso, quando um egípcio morria, acreditava-se que era Ísis quem ajudava a alma a entrar no pós-vida, uma espécie de governanta do mundo dos mortos. Ísis também era considerada a mãe divina do faraó, o representante de Deus na Terra.
O poder mágico atribuído a Ísis era maior que o de todos os outros deuses: ela protegia o reino dos inimigos, governava os céus, a morte, a natureza, e tinha também grande poder sobre o destino. Alguns de seus adoradores afirmavam que ela reunia todos os poderes divinos femininos do mundo.
Filha da união do céu (Nut) com a terra (Geb). Tinha o poder de se transformar em um falcão e suas asas tinham o poder de ressuscitar os mortos. Ela devolvia a vida com o bater das asas. Podemos aqui observar a representação do amor que devolve a vida. O amor é essa energia que está em todos os lugares, aqui representado pelas asas de Ísis, o amor tem o poder da devolução da vida em todos os sentidos, sua energia leve e fluida é capaz de penetrar todo ser que permitir sua entrada.
TEFNUT - Mitologia Egipcia
Ser a deusa da umidade, das nuvens e do orvalho era uma tarefa de ouro para um povo que vivia no deserto e dependia completamente da chuva. Tefnut era a mãe dos deuses do céu e da terra e era representada muitas vezes com cabeça de felino e corpo de serpente. Em momentos de fúria, ela ia embora e deixava o Egito sofrendo com longos períodos de seca.

Certa vez, com raiva de Rá, Tefnut fugiu para Núbia, abandonando o Egito à seca e findando o Antigo reinado dos faraós. Como leoa, iniciou uma matança. O deus Thoth(deus do tempo) foi convocado a trazer a deusa de volta para restaurar o brilho do Egito.
Tefnut era retratada de muitas formas, inclusive como mulher com cabeça de leoa, usando uma coroa solar com a serpente uraeus e um ankh (sinais de grande poder), ou uma leoa completa. Raramente aparece somente como uma mulher. É associada ao advento da monarquia, sendo por isso representada como uma serpente a surgir do cetro do faraó. Conta-se também que ela teria construído um lago para o faraó, para que ele lavasse os pés.
Nefertiti se dizia encarnação de Tefnut.
Heliópolis foi o centro de seu culto, onde era considerada uma eneade, ou seja, uma das nove divindades originais da criação.
AMATERASU - Mitologia Xintoísta

Depois de um conflito com o seu irmão Susanoo, deus dos mares e das tempestades, ela se irritou e fugiu para uma caverna, o que provocou uma longa era de escuridão sobre o mundo. A noite infinita ameaçou a vida na Terra. Os campos começaram a apodrecer, um frio insuportável se abatia sobre as famílias e tudo o que antes assegurava o fluxo da natureza agora sucumbia à escuridão. Para se reconciliar, Susanoo trouxe a espada mata-dragão Kusanagi-no-Tsurugi que havia encontrado debaixo das escamas da cauda do dragão Yamata no Orochi ao salvar a princesa Kushinada, simbolizando então o convívio pacifico entre o Sol e a chuva no céu.
HEL (ou HELA) - Mitologia Nórdica

Filha mais velha da gigante Angrboda com o Deus da Trapaça, Loki. Irmã de Fenrir(lobo monstruoso que matou Odin) e Jörmungandr (a serpente que segura o mundo), ela é vista por muitos como uma divindade indiferente às preocupações dos vivos e dos mortos.
O nome da Deusa Hel significa “escondida”, em nórdico antigo, e esse nome pode remeter à sua aparência.
Ela é descrita com a metade do corpo sendo uma bela mulher de cabelos longos, e a outra metade sendo um esqueleto ou apenas carne em decomposição. Por vezes é descrita como sendo metade viva e metade morta. Devido a essa aparência ela foi enviada para governar Helheim. Os outros Deuses alegavam desconforto ao observá-la.
Na Mitologia Nórdica, até os deuses passam por renovação. Quase todos morreram no Ragnarök e foram substituídos por seus filhos. Lembrando que tudo precisa se destruir, morrer, ser acolhido no ventre e germinar para a nova vida. E Hel nos lembra desse momento de morte, agonia e espera.
Há várias outras deusas que merecem destaques, mas irei trazer em uma próxima vez! :3
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ResponderExcluirmuito bom, adorei!!
ResponderExcluirAmei todas as deusas
ResponderExcluirTop amei❣
ResponderExcluirAmei super interessante tô procurando inspirações para um livro e série qwp" seu "blog"me ajudou muito
ResponderExcluirMuito Bom
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